sexta-feira, 5 de abril de 2013

A vida: nova e nua


Sinto-me consciente. Não preciso me rebelar para mostrar originalidade. Não preciso fazer coisas diferentes para me diferenciar. Hoje tenho foco. Quero correr atrás do que realmente quero. Mas tenho que começar pelo lado mais difícil. Às vezes minha ansiedade me faz esquecer o quão longa é essa vida. Eu tenho que me lembrar que por mais que não esteja fazendo o que quero agora, estou fazendo algo que me dará base para o que eu quero. Por onde se deve buscar os sonhos? Ás vezes o caminho do sonho é complicado. Temos que fazer curvas para se conseguir chegar nele. E em uma dessas curvas é onde eu estou agora. É difícil, as vezes tenho medo de me perder. Mas tenho foco. Presto a máxima atenção em coisas que parecem não ter nada a ver comigo, mas que me ajudarão a conseguir o que quero.
E como é difícil enxergar as coisas dessa forma nessa infanto-juventude-adulta ao qual me encontro.  Sempre penso em largar tudo e correr atrás do que eu quero de forma direta. O grande problema é assistir filmes demais, novelas demais, séries demais, em que todos largam tudo, correm atrás dos sonhos e se dão bem. Mas o que a mídia esquece de contar é que existem pessoas que se dão mal, muito mal.  Eu quero me dar bem e por isso me preparo de outra forma, vou pelas beradas, mas sei que vou conseguir chegar ao ponto que quero. Maturidade: essa é a palavra. Com a maturidade ganhamos paciência. E quem sou eu pra falar de maturidade com apenas 2 décadas de vida? Sou uma pessoa que está apenas começando a conhecer o significado dessa palavra. Que está começando a dar o devido valor na tal da “experiência”. Como eu já senti raiva dessa “experiência”. Como eu já me estressei com adultos que falavam saber mais de um assunto porquê tinham mais “experiência”. Mas eu dominava aquele assunto! Não menina, Calma aê. Eles tinham razão. Experiência muda tudo. Muda o nosso olhar sobre as coisas e nossa maneira de agir. E nessa imensa estrada que vou ter que seguir digo que começo a obter um pouquinho de experiência em cada ato que faço, e sempre que olho para o dia de ontem eu penso: “nossa, quando eu fiz aquilo, eu era muito inexperiente”. Hoje penso que sou, amanhã hoje eu não era (se é que vocês me entendem). E assim por diante.
Mas voltando ao meu sonho digo com calma e tranqüilidade: eu estou o buscando. Mesmo que não pareça, eu estou. Sei que estou. E quem sabe se nesse caminho torto da vida ele não se transforma em outro. Nessa fase puberdade-desespero a gente acha que o que queremos hoje,  vamos continuar querendo pra sempre. E nessa pressão de termos que decidir o que queremos cedo demais acabamos por pensar que a maioridade nos dá maturidade suficiente para isso.  Mas venho descobrindo que não é bem assim. Pela minha novisse nem sei dizer se o que eu quero é o que eu realmente quero. Só sei que quero e que mesmo por outros caminhos eu estou buscando isso. E vejo ele em minhas mãos, em algum dia perdido por ai, talvez mais perto do que eu imagino ou talvez mais longe. Mas vejo. Paciência, menina, paciência. Mário Quintana já disse e eu escutei e entendi bem: “A vida é nova e anda nua, vestida apenas com o teu desejo”. Vestirei ela então.