E
acabou. Novamente. Já escrevi aqui sobre os sentimentos de
fim de ano, a esperança da renovação, inclusive na última postagem, mas hoje quero falar sobre o que, especificamente o ano de 2014 me trouxe. Um
ano bem tumultuado de 7x1 e Dilma x Aécio. Ano de perceber que
Brasil não é o melhor do mundo no futebol. Ano de
perceber que política realmente não se discute. E que
brasileiro realmente não aceita uma opinião diferente
da sua, e a classifica como “burra”. Generalizações,
como essa que fiz, também são burras, mas a intenção
é generalizar mesmo. Por que acho que todo mundo ofendeu
bastante o lado oposto nessas eleições. Quanto a minha
posição, eu gosto é de quem dá
oportunidades pra quem nunca teve, mas isso é assunto pra
outro texto. Vamos lá: 2014.
Para mim, 2014 foi um ano de grandes reflexões. Trabalhei 1
ano inteiro em um estágio voluntário, não porquê
sou uma pessoa boa, mas porquê me traria benefícios para
tentar concursos. E o que eu posso dizer: foi o melhor emprego que já
tive. Tudo bem, eu só trabalhei em três lugares na minha
vida toda, mas mesmo assim é engraçado que o melhor
deles tenha sido o que não me pagava. Era aquele serviço
que eu não tinha preguiça de ir. Que não me
batia aquela depressão e vontade de morrer quando eu tinha que
me arrumar pra ir trabalhar. Ele me fez descobrir que eu gosto mesmo
é de mexer com gente e, de preferência, pobre. Os ricos
tem uma arrogância entre os pensamentos de “eu posso tudo”
“você sabe com quem está falando?”, que os torna
intragáveis (ok, mais uma generalização, mas
grande parte é realmente assim). Mas o que mais me deixa
feliz em relação a esse emprego é a confirmação
do que eu sempre pensei: dinheiro não paga realização
pessoal. Felicidade pode até pagar, porquê pode me
comprar aquela parmegiana de peixe. Mas realização
pessoal, não paga. E meus pais estavam errados. Minha família
toda estava. Claro que quando eu tiver que sustentar uma família
o dinheiro realmente terá grande importância, mas mesmo
assim. O que as pessoas buscam hoje em dia não é
dinheiro para se sustentar, isso um simples emprego irá te
dar. Mas dinheiro para esbanjar, para comprar o melhor carro, a
roupa da marca mais cara e um iphone, ele não pode faltar.
Isso para mim não é realização pessoal. Seria ambição pessoal? Enfim, só sei que para mim a realização pessoal vai além disso. Uma comida na mesa, a família por perto, poder acordar todos os dias e se arrumar com felicidade para ir trabalhar, encarar a rotina sorrindo, porquê você faz o que te faz feliz. Aí você nem precisará ter dinheiro para comprar a felicidade, porquê você já será feliz.
Agora o estágio voluntário acabou, o ano acabou e novas coisas nos esperam nesse ano de 2015, que já começa me dando um frio na barriga, pois minha faculdade está chegando ao fim, e uma nova fase da minha vida irá se iniciar: sair de casa, trabalhar, se sustentar e até que enfim estudar/fazer algo que gosto. E parece que foi ontem que eu estava tentando vestibular. Como o tempo passa. Tempo, tempo, tempo, tempo... compositor de destinos. Já dizia Caetano: és um dos Deuses mais lindos.