terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Restrospectiva 2014 ou algo sobre o tempo

                        E acabou. Novamente. Já escrevi aqui sobre os sentimentos de fim de ano, a esperança da renovação, inclusive na última postagem, mas hoje quero falar sobre o que, especificamente o ano de 2014 me trouxe. Um ano bem tumultuado de 7x1 e Dilma x Aécio. Ano de perceber que Brasil não é o melhor do mundo no futebol. Ano de perceber que política realmente não se discute. E que brasileiro realmente não aceita uma opinião diferente da sua, e a classifica como “burra”. Generalizações, como essa que fiz, também são burras, mas a intenção é generalizar mesmo. Por que acho que todo mundo ofendeu bastante o lado oposto nessas eleições. Quanto a minha posição, eu gosto é de quem dá oportunidades pra quem nunca teve, mas isso é assunto pra outro texto. Vamos lá: 2014.
                    Para mim, 2014 foi um ano de grandes reflexões. Trabalhei 1 ano inteiro em um estágio voluntário, não porquê sou uma pessoa boa, mas porquê me traria benefícios para tentar concursos. E o que eu posso dizer: foi o melhor emprego que já tive. Tudo bem, eu só trabalhei em três lugares na minha vida toda, mas mesmo assim é engraçado que o melhor deles tenha sido o que não me pagava. Era aquele serviço que eu não tinha preguiça de ir. Que não me batia aquela depressão e vontade de morrer quando eu tinha que me arrumar pra ir trabalhar. Ele me fez descobrir que eu gosto mesmo é de mexer com gente e, de preferência, pobre. Os ricos tem uma arrogância entre os pensamentos de “eu posso tudo” “você sabe com quem está falando?”, que os torna intragáveis (ok, mais uma generalização, mas grande parte é realmente assim).  Mas o que mais me deixa feliz em relação a esse emprego é a confirmação do que eu sempre pensei: dinheiro não paga realização pessoal. Felicidade pode até pagar, porquê pode me comprar aquela parmegiana de peixe. Mas realização pessoal, não paga. E meus pais estavam errados. Minha família toda estava. Claro que quando eu tiver que sustentar uma família o dinheiro realmente terá grande importância, mas mesmo assim. O que as pessoas buscam hoje em dia não é dinheiro para se sustentar, isso um simples emprego irá te dar. Mas dinheiro para esbanjar,  para comprar o melhor carro, a roupa da marca mais cara e um iphone, ele não pode faltar. Isso para mim não é realização pessoal. Seria ambição pessoal? Enfim, só sei que para mim a realização pessoal vai além disso. Uma comida na mesa, a família por perto, poder acordar todos os dias e se arrumar com felicidade para ir trabalhar, encarar a rotina sorrindo, porquê você faz o que te faz feliz. Aí você nem precisará ter dinheiro para comprar a felicidade, porquê você já será feliz. 
                    Agora o estágio voluntário acabou, o ano acabou e novas coisas nos esperam nesse ano de 2015, que já começa me dando um frio na barriga, pois minha faculdade está chegando ao fim, e uma nova fase da minha vida irá se iniciar: sair de casa, trabalhar, se sustentar e até que enfim estudar/fazer algo que gosto. E parece que foi ontem que eu estava tentando vestibular. Como o tempo passa. Tempo, tempo, tempo, tempo... compositor de destinos. Já dizia Caetano: és um dos Deuses mais lindos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Adeus Ano Velho

Segunda, 6 de janeiro de 2014, ou primeiro dia do ano. Apesar de ser o sexto, todos nós sabemos que a sensação de ano começando só apareceu hoje, depois da bebedeira, da ressaca, da bebedeira pra curar a ressaca e da ressaca pós bebedeira curadeira. Hoje podemos dizer com calma, sem afobação: Olá 2014. E o que isso muda? Talvez nada e talvez tudo. É só um dia como outro qualquer, mas a simbologia traz consigo o poder de mudar as nossas vidas. Se pararmos pra refletir, o dia primeiro de janeiro, ou o sexto, ou o dia vinte e quatro de maio são, no final das contas, apenas dias, sem diferença alguma. Mas nós, seres humanos, apesar da grande racionalidade precisamos de momentos de esperança, precisamos simbolizar um dia para ser o dia da mudança. Aquele dia em que eu vou prometer iniciar a dieta, que já prometi no ano passado e não cumpri, mas mesmo assim irei prometer novamente. Aquele dia em que vou prometer ter mais paciência, não cometer os mesmos erros, economizar para comprar um carro novo, entre tantas outras promessas. E isso, na minha concepção, não tem nada de ruim. Não acredito que isso seja uma “alienação midiática” ou uma “tradição sem sentido” ou que as promessas não cumpridas sejam hipocrisias. Acho realmente engraçado, gritar a meia noite como se estivesse se iniciando realmente uma vida nova, em uma meia noite que no horário de verão seria na verdade uma hora da manhã, mas que se fossemos observar por esse lado, na sua exata cidade e localização, o fuso horário também não seria exatamente esse. Nós escolhemos o fuso horário. Da mesma forma que escolhemos se o ano será realmente diferente ou não. O sentido está em dar sentido às coisas. E se pra mim aquela “virada do ano” tem sentido e traz realmente mudanças então assim será. E se pra mim aquela promessa tem sentido naquele momento, então eu a farei. A intenção é que a promessa seja cumprida, para que aconteça de verdade a tal mudança, mas se não for também, serviu pelo menos para me fazer feliz, sonhar naquele momento e rir de toda essa cachaçada depois. Continuemos então com a simbologia, com as promessas, porque a nossa vida só muda se tomarmos uma atitude, mas, querermos tomar uma atitude é o primeiro passo para que essa atitude seja realmente tomada. Feliz 2014!