terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Hoje andei pela primeira vez com UMA mototaxista. Não foi nada de especial (e porquê seria?), mas achei importante esse relato. Incrível como me senti confortável pela primeira vez, numa moto com um estranho, no caso, uma estranha. Não teve cantadinha barata, não teve freadinha pra chegar pra frente, não teve pergunta de cunho pessoal e nem teve aquele olhar nojento. Teve só uma conversa sobre o tempo. Uma simples e confortável conversa sobre o tempo.

Não quero generalizar, nem incentivar ódio ou rivalidade entre os gêneros, mas só quero lembrar que não é pq se está diante do sexo oposto, ou do sexo pelo qual você sente atração, que você deve assediar ou agir de maneira irracional. Eu ainda espero andar com um mototaxista que aja da mesma forma, pq eu sei que eles existem rs. Talvez seja apenas uma falta de sorte minha, ou talvez seja mesmo um fator preocupante do machismo no Brasil, que pode começar com cantadas na moto e terminar com um estupro em um matagal. O medo da mulher está sempre presente. E é muito angustiante viver com insegurança e medo.

Fica então a reflexão: mais educação para menos medo. Mais respeito para menos inseguranças.

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